Polo e o ombro
A participação no polo está aumentando e a HPA estima que aproximadamente 3.000 pessoas joguem no Reino Unido. É um esporte de contato montado fisicamente exigente. Como tal, jogadores de todos os níveis correm o risco de sofrer lesões esportivas, e essas lesões podem forçar os jogadores a moderar seu jogo ou se abster completamente. Claro, colisões e quedas também podem causar traumas agudos, como fraturas e luxações. Embora nenhum jogador queira se debruçar sobre lesões, a maioria estará interessada em saber mais sobre as lesões comuns e como elas podem ser evitadas e, se você tiver uma lesão, como ela pode ser tratada.
Há poucos dados sobre lesões esportivas do polo na literatura médica publicada, então em 2016 o Sr. Granville-Chapman entrevistou mais de 200 membros da Hurlingham Polo Association para obter uma melhor compreensão da incidência e natureza de lesões esportivas e lesões traumáticas agudas do polo. Esses dados formam uma das maiores amostras representativas do polo.
- 75% dos jogadores relataram pelo menos uma lesão esportiva no polo
- O membro superior dominou a distribuição das lesões:
- Mais de um terço relatou uma lesão no ombro
- Quase 40% sofreram um problema no cotovelo
- Um terço teve uma lesão no pulso
- 60% dos jogadores precisaram de fisioterapia ou quiroprático
- 22% precisaram de encaminhamento para um médico esportivo ou cirurgião ortopédico
- 30% dos feridos não puderam jogar chukkas por mais de duas semanas
- 7% foram impactados pelo resto da temporada
O ombro no polo
No ombro, os problemas mais comuns estavam relacionados à bursa subacromial e aos tendões do manguito rotador e foram relatados em 30% dos jogadores que relataram uma lesão esportiva. Problemas com o tendão do bíceps proximal, a articulação acromioclavicular e o lábio glenoidal foram relatados em alguns pacientes.
Não é nenhuma surpresa que o membro superior sofra com tanta frequência no polo. Existem vários componentes do jogo que colocam altas demandas na região:
Balançar o taco
O taco longo, embora relativamente leve, amplifica enormemente as forças que passam pelo ombro. Muitos jogadores amadores têm golpes ineficientes que exigem mais força para gerar potência
O golpe completo requer uma amplitude completa de movimento no ombro, então o controle ruim da escápula, uma parte traseira rígida e/ou um núcleo fraco predispõem os jogadores a problemas de impacto e subacromiais (bursite ou lesão do manguito rotador)
Checar/cavalgar
Este é um esporte de contato – a velocidade de fechamento dos dois pôneis e a ação de verificação da parte superior do corpo dos jogadores produzem impactos significativos – estes podem produzir danos de atrito no ombro e podem até causar trauma agudo
Enganchar
Um jogador pode tentar enganchar o taco de um jogador adversário enquanto ele tenta bater na bola. Isso geralmente é realizado em alongamento total com o e às vezes no lado mais próximo: o ombro fica, portanto, em uma posição vulnerável para lesões por sobrecarga no bíceps, lábio e manguito rotador
Como na maioria dos esportes, imperfeições técnicas repetidas podem produzir problemas como tendinopatias
- A maioria dos jogadores relatou realizar entre 4 e 8 horas de polo (incluindo entre 3 e 10 chukkas) por semana na temporada. 22% jogam por dez horas ou mais por semana - isso representa muitas repetições de uma atividade de alta carga para o ombro
- 75% dos jogadores tinham handicaps de -2 ou -1. Esses jogadores relativamente inexperientes provavelmente têm golpes mais rudimentares e ineficientes do que os jogadores de gol alto, então, embora possam jogar menos horas de polo, eles podem estar expondo seus ombros a um risco extra de lesão
- 42% dos jogadores na pesquisa tinham entre 35 e 55 anos. Essa faixa etária é típica para o início da maioria das tendinopatias, então não é surpreendente que bursite subacromial e doença do manguito rotador tenham sido comumente relatadas
- O treinamento específico para o esporte é empregado em muitos esportes para reduzir as taxas de lesões
- Apenas 11% dos jogadores de polo relataram ter feito algum treinamento de pré-temporada específico para polo
- A maioria relatou geralmente manter-se em forma e condicionada, mas quase 30% declararam que simplesmente apareceram para jogar sem preparação
- Um programa específico para polo pode reduzir a incidência de lesões esportivas de polo
Trauma agudo no ombro no polo
- A maioria dessas lesões ocorrerá após uma queda ou colisão
- Aterrissar com o braço estendido ou diretamente no ombro é comum ao cair no polo
- Mais metade dos jogadores na pesquisa registrou pelo menos uma lesão aguda (fratura ou luxação) nos últimos cinco anos
- Novamente, o membro superior dominou a análise de lesões:
- 23% registraram uma fratura no ombro ou clavícula
- 19% quebraram o braço ou antebraço
- 14% sofreram uma fratura na mão
- Como seria de se esperar, essas lesões tiveram um impacto significativo no trabalho, na direção, no tempo fora do jogo e no retorno ao nível pré-lesão
Conheça o Dr. Vitor Barroso
Ortopedista Especialista em Ombro e Controle da Dor | CRM: 0000
"Curar quando possível, aliviar quando necessário, consolar sempre" Essa frase faz parte do famoso juramento de Hipócrates e sempre me serviu de norte para minha atuação como médico. Pra mim é um privilégio ouvir as queixas dos pacientes; e ter o poder para devolver a qualidade de vida dos meus pacientes, aliviar suas dores, e reestabelecer suas funções é uma dádiva, concedida por Deus.
Ouvir com atenção a queixa do paciente, realizar um exame físico bem feito, são passos fundamentais para a abordagem humanizada que acredito.
Meu compromisso é oferecer um cuidado individualizado e de excelência para meu paciente, tendo como base o conhecimento médico, habilidades técnicas cirúrgicas, e principalmente a empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do paciente.
Acredito que esta é a única forma de realizar um atendimento efetivo aos meus pacientes.
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