Ruptura do músculo peitoral maior
Seus músculos peitorais ficam na parede torácica anterior. O músculo maior, o peitoral maior, é um poderoso elevador, rotador interno e adutor (puxa e gira internamente seu braço, além de ajudar na flexão para frente). O músculo tem duas cabeças, a cabeça esternocostal (maior) e a cabeça clavicular. Os tendões do peitoral maior se inserem na parte frontal do braço (úmero) e o músculo forma a parede frontal da axila. A ruptura envolve o rompimento do tendão normalmente apenas por sua inserção no osso. Frequentemente, apenas uma das duas cabeças do músculo peitoral maior é rompida.
Quem sofre?
A ruptura do peitoral maior é bastante rara e quase sempre ocorre em homens, principalmente aqueles com mais de 30 anos. Normalmente, um supino pesado na academia na fase "negativa" (peso sendo abaixado sobre o peito) é o culpado. Isso ocorre porque o músculo peitoral está sendo colocado sob carga excêntrica severa (fibras ficando mais longas à medida que disparam) durante este exercício.
Alguns fisiculturistas usam esteroides ou hormônios de crescimento para acelerar o ganho muscular. Esses medicamentos aumentam o risco de ruptura, pois o músculo cresce mais rápido do que o tendão, arriscando sobrecarga das fibras do tendão.
Como sei se rompi meu Peitoral Maior?
Os pacientes geralmente relatam um estalo repentino, com dor intensa e perda de função. Geralmente há hematomas na axila e na parte superior do braço. Pode haver alteração do contorno da axila e o mamilo do lado afetado pode cair ligeiramente em comparação ao lado não lesionado. Os pacientes podem sentir fraqueza ao pressionar para frente e puxar para dentro com o braço afetado.
Os raios X geralmente são normais, mas uma ressonância magnética ou ultrassom podem confirmar o diagnóstico.
Fotografias de um fisiculturista apresentando uma ruptura do peitoral maior direito de 10 semanas. Imagem superior - posição relaxada: observe a posição mais baixa do mamilo direito e a alteração sutil do vinco da axila. Imagem inferior: quando o músculo está tenso, o defeito se torna mais óbvio com o ventre muscular retraindo medialmente
Homem atlético de 35 anos apresentando-se 18 meses após ruptura do músculo peitoral maior direito. Observe o contorno axilar sutilmente alterado em repouso e como isso se torna óbvio com contração voluntária. O paciente estava frustrado com a fraqueza em flexões, barras, supino e dor.
Precisa ser reparado?
A maioria dos pacientes está interessada em cirurgia para restaurar tanto sua função quanto sua cosmese. Estudos relatam excelentes resultados funcionais com reparo cirúrgico, com mais de 95% da força normal sendo restaurada. Esses resultados são significativamente melhores do que o tratamento não cirúrgico, embora alguns pacientes tenham optado por não fazer a cirurgia. Sem cirurgia, a força total não será restaurada e a dobra anterior da axila permanecerá assimétrica, embora para alguns isso não seja um problema.
Como minha ruptura do Peitoral Maior é reparada?
Se sua ruptura for aguda (menos de algumas semanas), normalmente é possível realizar um reparo direto. Você receberá anestesia geral e um bloqueio regional. Por meio de uma incisão aberta de aproximadamente 7 cm na parte frontal do ombro, seu tendão rompido será recuperado e refixado ao úmero (osso do braço), onde ele pertence. A fixação usa suturas muito fortes e âncoras ou botões de metal fixados dentro do osso.
Se o seu tendão estiver rompido há algum tempo (mais de alguns meses), o tecido pode não ser reparável diretamente, pois ele se retrai e forma cicatrizes. Nesse caso, você pode precisar de um aloenxerto (tecido de tendão de um doador) para cobrir o espaço entre o peitoral maior rompido e o osso do úmero. Isso funciona bem, mas a reabilitação é mais lenta e os resultados estéticos e de potência são menos bons do que um reparo primário.
Qual é a minha recuperação?
Você irá para casa no mesmo dia em uma tipoia. Você precisará usar esta tipoia por seis semanas para proteger seu reparo. Você poderá fazer trabalho de mesa em sua tipoia após cerca de 2 semanas, mas não poderá dirigir por cerca de 6 semanas. Em seis semanas, você pode começar a mover mais o braço, mas não deve fazer nenhum treinamento de resistência até três meses. Em seis meses, todas as restrições serão suspensas.
Quais são as complicações potenciais da cirurgia?
Este procedimento é geralmente seguro. No entanto, como em todas as cirurgias, há um pequeno risco de infecção, sangramento, rigidez do ombro e lesão nervosa. A re-ruptura após o reparo é muito rara se você seguir o protocolo de reabilitação. O risco de anestesia é geralmente baixo, pois a maioria dos pacientes com ruptura pec. major são jovens e saudáveis.
Conheça o Dr. Vitor Barroso
Ortopedista Especialista em Ombro e Controle da Dor | CRM: 0000
"Curar quando possível, aliviar quando necessário, consolar sempre" Essa frase faz parte do famoso juramento de Hipócrates e sempre me serviu de norte para minha atuação como médico. Pra mim é um privilégio ouvir as queixas dos pacientes; e ter o poder para devolver a qualidade de vida dos meus pacientes, aliviar suas dores, e reestabelecer suas funções é uma dádiva, concedida por Deus.
Ouvir com atenção a queixa do paciente, realizar um exame físico bem feito, são passos fundamentais para a abordagem humanizada que acredito.
Meu compromisso é oferecer um cuidado individualizado e de excelência para meu paciente, tendo como base o conhecimento médico, habilidades técnicas cirúrgicas, e principalmente a empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do paciente.
Acredito que esta é a única forma de realizar um atendimento efetivo aos meus pacientes.
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